A NBA (liga de basquete dos Estados Unidos) vive um momento especial na relação com o torcedor, algo comprovado pela consolidação mais recente de audiência na televisão. As finais das conferências tiveram a maior audiência em seis anos, a segunda maior em 16 anos. Em relação à temporada passada, o aumento foi de 40% na média das partidas.
Segundo levantamento da Nielsen, a audiência média das partidas foi superior a 9 milhões de pessoas, considerando as três emissoras que exibiram os jogos (TNT, ESPN e ABC). A TNT conseguiu a segunda partida da NBA mais assistida na história da televisão fechada, com 14,8 milhões de telespectadores no sétimo encontro entre Golden State Warriors e Houston Rockets.
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Mesmo sem os resultados da final entre Cleveland Cavaliers e Golden State Warriors, a NBA já pode somar os números alcançados nas decisões das conferências na lista de objetivos obtidos nos últimos anos e explicitados ao longo da temporada que chega ao fim.
A NBA é hoje a liga mais jovem e conectada do mercado americano, entre as grandes disputas do país. Atualmente, a média de idade do telespectador dos jogos de basquete nos Estados Unidos é de 42 anos, contra 50 anos na NFL (liga de futebol americano) e 57 da MLB (liga de beisebol). Somente nesta temporada, a presença de torcedores entre 18 e 34 anos subiu em 14%.
E esse jovem torcedor tem uma presença marcante no meio digital. Segundo a Nielsen, o fã da NBA é o mais engajado nas redes sociais: 45% deles estão regularmente nas novas mídias, contra 37% da NFL e 41% dos esportes em geral nos Estados Unidos.
Os números se refletem nas redes sociais. Hoje, a NBA tem maior presença de torcedores no Twitter em relação à NFL. No Facebook, o número de seguidores é quase o dobro. Os números impressionam porque, na televisão, o futebol americano continua com índices substancialmente superiores aos do basquete.
Todo esse movimento tem levado resultados financeiros efetivos à NBA. A assinatura do serviço de streaming da NBA, a League Pass, cresceu 63% nesta temporada. Nas quadras, houve um recorde de público, com quase 18 mil pessoas por partida, com taxa de ocupação superior a 95% da capacidade dos ginásios.
Com todo esse cenário positivo, as franquias da NBA também colheram bons frutos. Nesta temporada, a valorização de cada time foi de 22%. Em média, elas passaram a valer US$ 1,65 bilhão, mais de R$ 6 bilhões. Além do alcance jovem e crescente, as equipes foram beneficiadas com a abertura de patrocínio na camisa, que tem rendido verba extra.