Aproveitando uma pausa entre a primeira fase e o começo das oitavas de final da Copa, planejei conhecer um dos países que acabam em ÃO, distantes tanto geograficamente quanto culturalmente do Brasil. Sendo assim, ontem embarquei para conhecer um pouco do Uzbequistão.
Após uma rápida pesquisa, descobri que o futebol é o esporte favorito da grande maioria dos países do mundo, principalmente na América do Sul, Ásia, África e Europa. Sendo assim, decidi testar a popularidade do futebol no país vizinho à Rússia.
Coloquei logicamente a camisa amarela do Brasil para testar se, por lá, observaria o mesmo impacto que tinha percebido na Rússia e embarquei.
Ao chegar no Uzbequistão, senti falta da empolgação nas ruas com o Mundial. O taxista já mostrou que o clima de Copa aqui estava mais morno ao não fazer nenhum comentário sobre o evento. No city tour, o guia fez mais referências à 21ª colocação do Uzbequistão nos Jogos do Rio em 2016 (com três medalhas de ouro no boxe) do que aos últimos resultados da Copa que está acontecendo no país vizinho.
E, se o futebol é popular em toda a Europa, o Uzbequistão é a exceção à regra. Encontrar um restaurante ou um bar que estivesse passando os jogos do dia foi um desafio. Fiquei sabendo ainda que o futebol por aqui é um esporte apreciado pelos homens e que as mulheres não acompanham nem praticam muito qualquer tipo de esporte. Uma pena que, das 13 medalhas olímpicas do país na história, nenhuma tenha sido conquistada por mulheres uzbeques.
Apesar disso, não podemos nos gabar muito. Ao verificar qual tinha sido o resultado brasileiro na Olimpíada do Rio, outra lamentação: das 19 medalhas, apenas 3 foram conquistadas pelo esporte feminino. Uma visão mais igualitária e estímulos à prática de esportes por mulheres podem ser caminhos comuns ao Brasil e ao Uzbequistão no futuro. Mesmo que a Copa continue morna por aqui.
* David Pinski é louco por futebol há 42 anos, marketeiro há 21 e está na sua 2ª Copa do Mundo