A Fiat está de volta ao futebol de Minas Gerais. A empresa, que já esteve no patrocínio máster de Atlético, América e Cruzeiro em anos anteriores, acertou um novo acordo com as três maiores equipes do Estado. Mas, dessa vez, a estratégia é diferente, sem exposição da marca no uniforme.
O acordo foi apresentado oficialmente na última sexta-feira (24), em Betim (MG), onde fica a fábrica da companhia no Brasil. O contrato será válido até o fim desta temporada e está centrado em ações de relacionamento com os sócios-torcedores.
Foto: Divulgação / Fiat
Com o vínculo acertado com as três equipes, a Fiat fará promoções que envolvam os sócios dos times; Atlético, América e Cruzeiro somam quase 200 mil inscritos em seus respectivos programas. Além disso, a marca cederá veículos aos clubes para que eles possam realizar sorteios aos associados.
O foco das ações da Fiat está no Mobi. Lançado em 2016, ele apareceu para ser o veículo mais barato da empresa italiana no Brasil, mas não conseguiu ser um sucesso de vendas. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, o Mobi foi apenas o 14º mais vendido do país, atrás de concorrentes diretos como o Volkswagen Gol e o Renault Kwid.
Mais do que isso, a Fiat tem sofrido no mercado brasileiro desde que o número de emplacamentos no país começou a cair. Em 2013, puxado pelo Palio, a empresa mantinha a liderança na participação do mercado. Nos últimos anos, a companhia foi ultrapassada pela Chevrolet e pela Volkswagen. A marca americana também assumiu o posto de carro mais vendido, com o Onix, algo que os italianos têm tentado recuperar desde o ano passado com o lançamento do Argo.
Foto: Divulgação / Fiat
Na apresentação em Betim, a diretoria da Fiat foi genérica ao abordar a nova estratégia da empresa, mas reforçou que este seria um patrocínio para os torcedores. “Estamos apoiando os clubes de Minas Gerais e suas torcidas. Com isto, queremos destacar o futebol como elemento que une as pessoas e o torcedor como a razão de ser de todo este espetáculo”, comentou o diretor de comunicação e marketing da empresa, João Batista Ciaco, em nota oficial.
A Fiat esteve nas camisas dos times mineiros ao longo deste século, mas o último aporte a clube de futebol havia sido no Flamengo, com a marca da Jeep, do mesmo grupo. Na época, também houve ações com sócios-torcedores, mas o foco central era tornar a marca mais conhecida entre o público brasileiro.