Os anúncios da Netflix nos últimos meses de que faria séries e documentários da Juventus, do Boca Juniors e da temporada 2018 da Fórmula 1 deixou os fãs de esportes empolgados com a possibilidade de ver a gigante do streaming entrando na briga pelas transmissões ao vivo. Neste final de semana, no entanto, a própria Netflix tratou de jogar um balde de água fria em quem imaginava tal possibilidade.
Em uma convenção internacional de radiodifusão em Amsterdã, na Holanda, Maria Ferreras, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Netflix para Europa, Oriente Médio e África, deixou claro que a prioridade é fechar novas parcerias internacionais, como a assinada com a Sky, que torna a Netflix acessível para assinantes da operadora no Reino Unido, Irlanda, Alemanha, Áustria e Itália.
“Estamos comprometidos com parcerias. Queremos continuar explorando parcerias porque acreditamos que elas trazem crescimento, estimulam o dinamismo e também proporcionam uma ótima experiência ao consumidor. Estamos levando-os para o próximo nível, em termos de número de países em que vamos fazer isso e também em termos da profundidade que queremos ter nessas parcerias”, afirmou Ferreras.
As especulações em cima da Netflix se justificavam por conta da entrada cada vez mais maciça das gigantes da internet no mercado de transmissões de esporte ao vivo. A Amazon, com seu Prime Video, e o Facebook, com seu Watch, fecharam grandes contratos recentemente, por exemplo.
Ferreras, no entanto, foi taxativa ao afirmar que a Netflix não pretende concorrer com Amazon ou Facebook. Segundo ela, a Netflix segue querendo explorar o esporte por meio de sua programação documental, em que é capaz de agregar valor à experiência do espectador.
“Acho que, em termos de esportes ao vivo, não há nada que possamos fazer de forma diferente de uma emissora de TV, por isso não agrega valor adicional. Você nunca pode dizer nunca, mas não há planos para entrar nisso”, concluiu.