O Corinthians apresentou nesta semana uma equipe de ciclismo, graças a um acordo com a marca Audax. Dessa maneira, em janeiro de 2019, a marca do time estará estampada nas bicicletas em uma equipe que conseguiu bons resultados. A linha de parceria tem sido adotada pela atual gestão para ampliar a presença em outros esportes, sem comprometer o orçamento.
A aposta é simples: avaliar um parceiro que seja confiável e ceder a marca, como um licenciamento. É o que será feito com a Audax, empresa de bicicletas que pertence ao grupo da Houston Bike. Quem ficar com o clube paulista pode contar com a força da torcida e da exposição que a equipe garante.
“Nós avaliamos as propostas para termos o mínimo risco possível. E, com as licenças, o Corinthians não gasta nada. Ao contrário, se houver novos patrocínios, o clube pode receber com o projeto”, contou o diretor de esportes terrestres da equipe paulista, Donato Votta, em conversa com a Máquina do Esporte.
Foto: Divulgação / Corinthians
Já há no clube uma série de projetos do tipo, especialmente com esportes paralímpicos, como futebol, basquete e triatlo. Há também iniciativas no alto rendimento, como é o caso do vôlei. Em 2017, com o medalhista olímpico Serginho, o Corinthians se uniu à Prefeitura de Guarulhos de olho na Superliga. A iniciativa foi renovada neste ano, coloca a marca do clube em evidência e não gera gastos.
Há duas grandes exceções na estratégia corintiana. A primeira é o futsal, que conta com patrocínios de empresas como Magnus e Unip, mas que ainda não fecha a conta. O segundo é o time de basquete, recuperado recentemente. A equipe já disputa o Novo Basquete Brasil (NBB), mas ainda não tem um grande aporte.
“São equipes que o Corinthians, pela grandeza do clube, tem que manter. O desafio é equilibrar as contas e deixar os projetos cada vez menos custosos, com mais receitas”, comentou Votta, em referência aos déficits recentes apresentados pelo setor social nas prestações de contas do clube paulista.
LEIA MAIS: Análise: Outros esportes não podem sugar futebol
Segundo o dirigente, futsal e basquete são duas equipes que geram custos que o clube “estrategicamente assume”. O primeiro, pela relação próxima da base com o futebol profissional, pois há migração de jovens atletas das quadras para os campos.
Já o basquete está na expectativa de ser mais rentável, graças à exposição gerada pelo NBB. Esta é apenas a primeira temporada da equipe no torneio nacional, e o clube já tem negociações mais avançadas para patrocínios ao time masculino.