A Alemanha permanece como o maior exemplo a ser seguido pelo Brasil para o desenvolvimento do futebol no país após a realização de uma Copa do Mundo. A Bundesliga (liga alemã) divulgou crescimento financeiro dos times pelo 15º ano seguido, sempre com recordes de faturamento. No último ano, o número passou dos € 4 bilhões (mais de R$ 17 bilhões).
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A Copa do Mundo de 2006, realizada na Alemanha, foi o principal ponto de virada para o futebol do país. Com novos estádios, a gestão do esporte se concentrou em novos profissionais e em fortes investimentos na base. Somente em 2018, foram alocados € 141 milhões nos jogadores mais jovens.
Com a base mais forte, os times conseguiram ser competitivos de forma mais sustentável. O maior exemplo é o Borussia Dortmund, que chegou a ser vice-campeão da Liga dos Campeões com revelações caseiras. Em campo, a geração pós-investimentos teve o ápice em 2014, quando a seleção nacional se sagrou campeã do mundo, com direito à histórica goleada sobre o Brasil.
Foto: Reprodução / Twitter (@DFL_Official)
Com os estádios novos, a Alemanha também se preocupou com as receitas de jogos, mas com uma política que não excluísse o caráter popular do futebol no país. No último ano, foram € 538 milhões de euros em bilheteria. O número parece alto, mas fica abaixo de outras ligas, como a espanhola e a inglesa, mesmo com a forte economia alemã. Por outro lado, a Bundesliga é imbatível em popularidade. Com 43,8 mil pessoas por partida em 2018, a disputa alemã mais uma vez ficou no topo das ligas nacionais quando o assunto é média de público.
A multidão dos estádios, por sinal, deverá ganhar ainda mais peso na temporada 2018/2019. Na primeira metade da atual temporada, a Bundesliga bateu mais um recorde de público, com crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período da temporada anterior. E a segunda divisão teve aumento de 16%.
Além do trabalho de base e de público nos estádios, a Bundesliga passa por um processo de maior internacionalização, com investimentos em novos mercados. Em outubro de 2018, a entidade chegou a abrir um escritório em Nova York, de olho nos patrocinadores e na mídia dos Estados Unidos. Os direitos de transmissão para o mundo, por sinal, têm sido outra fonte crescente de renda para as equipes alemãs. O último contrato assinado chegou a € 1,2 bilhão.
Nesta quarta-feira (20), a Máquina do Esporte mostrou como se deu esse crescimento do futebol alemão no nosso canal no YouTube. Assista abaixo: