A Liberty Media, atual dona da Fórmula 1, segue tentando colocar em prática a estratégia de alcançar novos mercados para a principal categoria do automobilismo mundial. Após fechar com o Vietnã para 2020, o foco da empresa se volta para o continente africano, em especial para a África do Sul.
A informação foi dada por Sean Bratches, diretor geral de operações comerciais da F1, em um evento organizado pelo site britânico SportsPro Media. Atualmente, o continente africano é o único que não possui corridas no calendário da categoria. A última prova disputada por lá foi exatamente na África do Sul, no circuito de Kyalami, na temporada de 1993.
Foto: Reprodução / Twitter (@F1)
“A África do Sul é muito interessante para nós, e estamos conversando lá. É obviamente um mercado político complicado, mas também é o último continente habitável no qual não estamos competindo, então é algo de grande interesse”, afirmou Sean Bratches.
O país africano não é o único com quem a F1 possui conversas em andamento. A categoria quer uma corrida na região da Escandinávia, com favoritismo para a Dinamarca, e uma em Miami, o que colocaria uma segunda prova nos EUA no calendário (o assunto teve novidades na semana passada). Para fechar, no início de abril, o próprio Bratches revelou à agência AFP o interesse da F1 em uma segunda corrida anual na China.
“Há oportunidades em todo o mundo. Estamos em uma posição em que a demanda está nos dando a capacidade de impulsionar o preço e ser seletivo. Acho que, ao olharmos para isso, estamos tentando criar diversidade entre a Europa, as Américas e a Ásia. Queremos ir e correr em locais que se alinham com a nossa marca”, disse o executivo.
Bratches ainda declarou que acredita que o calendário crescente da Fórmula 1 deu à categoria uma vantagem do ponto de vista comercial por causa de sua “pegada” global, algo que, na opinião dele, só pode ser rivalizado pela Copa do Mundo e pelos Jogos Olímpicos.
“Acho que o aspecto global do esporte é realmente importante e é uma das coisas que realmente acho que nos diferencia no mercado. Nós olhamos para a Copa do Mundo, Olimpíadas e Fórmula 1 como os três esportes verdadeiramente globais, mas somos o único que acontece todos os anos, em 21 países diferentes, em cinco continentes (levando-se em consideração América do Norte e América do Sul como dois continentes diferentes), sendo que os outros dois acontecem uma vez a cada quatro anos em apenas um país. Do ponto de vista comercial, as marcas estão interessadas em se tornar globais. Por isso, somos uma ótima plataforma para elas, e estamos justamente melhorando essa plataforma”, finalizou o executivo da F1.