A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) anunciou o rompimento de uma parceria de quase 30 anos com a Adidas para o fornecimento dos uniformes das seleções espanholas. Um comunicado publicado na manhã desta terça-feira (21) no site da entidade avisa que “a RFEF inicia desde hoje um prazo de negociações para assinar com um novo provedor de material esportivo”.
Segundo a entidade, a decisão foi tomada após meses de “conversas infrutíferas” com a Adidas para modificar detalhes do contrato que foi renovado em 2015 por mais dez anos, até 2026. O acordo estava avaliado em US$ 20,1 milhões (cerca de R$ 82 milhões) por ano, cerca de metade do que a Inglaterra recebe da Nike por temporada.
“Todas as marcas do segmento que assim decidirem terão a oportunidade de se dirigir à RFEF com o objetivo de ser o próximo provedor de material esportivo de suas seleções, campeonatos, etc.”, diz a nota publicada pela entidade, que confirma a manutenção da Adidas até o instante em que o novo fornecedor começar a entregar seus uniformes.
Isso significa que a seleção espanhola que disputará a Copa do Mundo feminina, no próximo mês de junho, continuará vestindo os uniformes fabricados pela Adidas.
O anúncio do rompimento pegou de surpresa a marca alemã, que em comunicado afirmou que “as duas entidades assinaram uma extensão de contrato em 2015 que seguirá até 2026. O contrato foi conduzido de forma amigável por ambas as partes e não é possível compreender as intenções da RFEF”.
Segundo o jornal “As”, os dirigentes da federação espanhola já estariam em conversas com a Puma e também com a Zara para substituírem a Adidas. A marca esportiva poderia firmar um contrato apenas para o fornecimento de uniformes de jogo, enquanto a marca de moda poderia entrar com uma coleção de passeio para as seleções.
Essa estratégia é usada em outras seleções, como Itália e Inglaterra, que possuem dois contratos distintos. O Brasil utiliza acordos pontuais com marcas de grife para grandes eventos, como a Copa do Mundo.