A debandada de quatro clubes da Topper no começo deste ano tem origem na revisão do projeto de parceria da marca com os clubes. Após a reportagem publicada nesta quinta-feira (23) pela Máquina do Esporte sobre o tema, a BR Sports, detentora da marca, entrou em contato para falar sobre o motivo de ter deixado de apoiar Náutico, Vitória, Atlético-MG e Paraná.
“A marca tem proposto, desde 2018, um modelo de negócios que não contempla aporte financeiro, mas sim uma participação maior dos clubes nas receitas provenientes das vendas dos produtos. Tal formato não foi aceito por alguns dos clubes, o que resultou na rescisão ou não renovação destes contratos”, afirmou a empresa, no comunicado enviado para a reportagem, em que rebateu a matéria publicada.
Ponte Preta é um dos times patrocinados pela Topper (Foto: Reprodução / Twitter (@aapp_oficial))
Segundo a Topper, a empresa não está deixando o futebol, mas revendo o modelo de negócios: “A marca continuará investindo no futebol nacional por meio do patrocínio a clubes, profissionais e competições em 2019. Neste momento, tem negociações em andamento para ampliar seu portfólio”.
A nota diz, ainda, que, desde o segundo semestre de 2018, a Topper tem renegociado contratos com os patrocinados, que chegaram a 12 times e agora são oito, sendo que alguns já negociam com outras marcas, como Botafogo e Goiás. Ou seja, o aporte pode cair pela metade em relação ao ápice alcançado no ano passado.
A marca ainda reforçou o portfólio de patrocínios no futebol. Além dos oito clubes, a Topper fornece as bolas oficiais das Séries B, C e D do Brasileirão, Copa do Nordeste, dez campeonatos estaduais, entre eles o do Rio de Janeiro, e ainda patrocina o goleiro da seleção brasileira de futsal Tiago Marinho.