Maior patrocinador da Champions League, a Heineken voltou a “pressionar” a Uefa publicamente para aumentar os jogos da competição exibidos em TV aberta. Em entrevista ao “SportBusiness”, Hans Erik Tuijt, head de patrocínios da cervejaria, disse que os patrocinadores precisam ser “nutridos” com mais jogos para todos no torneio.
A crítica do executivo não é novidade. Em 2017 ele já havia dito que os jogos em TV aberta asseguram que a competição consiga manter-se popular para todos os torcedores no mundo, mantendo seu apelo e sua atratividade para os patrocinadores.
Curiosamente, a Uefa tem buscado cada vez menos a exposição em massa de sua competição, privilegiando acordos que geram mais dinheiro e aumentem a distribuição multiplataforma, mesmo que para isso, num primeiro momento, ela perca exposição de mídia.
Na Europa, o principal exemplo foi a venda, em 2016, para a então recém-criada plataforma DAZN, que lançou o serviço de streaming no esporte com os direitos exclusivos da Champions League para a Alemanha e a Áustria.
No Brasil, a Uefa tirou este ano e pelo menos até 2021 a Champions League da TV aberta. Graças ao acordo com Turner e Facebook, os jogos da competição gratuitos são exibidos na rede social. As outras partidas estão no canal TNT, que chegou a dar 8 pontos de audiência na medição do Ibope nessas semifinais da competição.
Apesar de ser expressivo, o número apresentado pela emissora fechada está longe daquele alcançado pela TV aberta. Na final do ano passado, entre Liverpool e Real Madrid, a soma da audiência de Globo e Band deu 28 pontos no Ibope, recorde absoluto na história da competição.
Para compensar o “sumiço” do torneio, a Heineken criou uma emissora de TV “própria”, em que ela transmitirá em bares e pontos públicos espalhados por Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro a decisão deste sábado entre Liverpool e Tottenham.