Londres receberá, neste final de semana, dois jogos entre New York Yankees e Boston Red Sox. Os duelos em solo inglês serão usados pela Mastercard, apoiadora da Major League Baseball (MLB) para ativar consumidores na cidade.
Por meio do programa “Priceless”, a empresa levará torcedores para a área vip do jogo e, ainda, dará acesso prévio a cada um deles à loja oficial que será montada no Estádio Olímpico de Londres, palco dos jogos. Os convidados ainda terão direito a rebater algumas bolas dentro do gramado.
Foto: Reprodução / Twitter (@mlblondonseries)
Esta é apenas a segunda vez que a liga americana de beisebol desembarca na Europa. Na primeira, em 1993, New York Mets e o próprio Boston Red Sox ficaram oito dias em solo londrino e jogaram uma vez no The Oval, um campo internacional de críquete que foi inaugurado em 1845.
“É difícil porque o mercado europeu possui predominantemente instalações de futebol e, na maioria delas, nossas dimensões simplesmente não cabem. A única razão pela qual funciona no London Stadium é porque os estádios olímpicos têm faixas grandes que permitem que as marcações caibam. Ou se encaixam bem perto, ao menos”, afirmou Murray Cook, consultor de campo e instalações, na tentativa de explicar o porquê da demora de 26 anos para a MLB voltar ao cenário europeu, coisa que a NFL, por exemplo, faz frequentemente desde 2007.
Vale ressaltar que a questão financeira para as próprias franquias também pesa para um hiato tão grande. Para levar a MLB a Londres, o Boston Red Sox não só vai desistir de dois jogos em casa, mas dos dois jogos em casa mais lucrativos da temporada para a franquia, por serem diante do New York Yankees.
A MLB não divulgou os valores do acordo com a cidade britânica nem com as franquias. Para equilibrar as finanças, no entanto, os dois jogos de Londres terão que gerar receita suficiente para suprir o que o Red Sox ganharia por jogar em casa e ainda cobrir o custo de aluguel do estádio, além dos cerca de US$ 3 milhões em custos com jogadores.
A liga espera que a visibilidade das partidas ajude a lotar o estádio. E que os jogos sirvam como um novo pontapé do beisebol americano para criar raízes e começar a conquistar o mercado europeu.
“Esses jogos vão ser um raio para criar atenção e exposição para o que fazemos”, resumiu Jim Small, head de marketing internacional da MLB.