Os Jogos Pan-Americanos, principal trunfo da candidatura do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016, não irão reduzir de maneira significativa os gastos para o evento, segundo matéria publicada nesta quarta-feira no jornal ?Folha de S.Paulo?. Para receber os Jogos-16, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) estima gastar R$ 891 milhões com as construções de instalações esportivas, mesmo com 56% da estrutura já pronta, devido à realização do Pan do Rio. A cidade, que também apresentou candidatura para as Olimpíadas de 2012 (cuja disputa foi vencida por Londres), projetava gastar àquela época ? sem o legado do Pan ? cerca de R$ 1,1 bilhão. Assim, o orçamento teve uma redução de apenas 23,1% entre as duas postulações. Ainda segundo a ?Folha?, o maior investimento deve acontecer no Centro Nacional de Treinamento Olímpico, cujo preço chega a R$ 500 milhões. Assim como aconteceu no Pan, a maior parte do dinheiro deverá vir da esfera pública. Apesar de terem sido construídos recentemente, o Parque Aquático Maria Lenk e o Velódromo deverão ser reformados. No parque aquático, o investimento previsto é de R$ 32,4 milhões, 43% do total que foi gasto para sua construção. No Velódromo, há previsão de R$ 16,6 milhões, valor maior do que o investimento inicial para o Pan carioca. Além disso, o COB terá de gastar mais R$ 90 milhões para melhorias no estádio João Havelange, que custou R$ 380 milhões aos cofres públicos. A explicação para nova enxurrada de gastos é simples. Nenhuma das instalações foi construída com a capacidade mínima exigida para os Jogos Olímpicos e deverão passar por adaptações, exceção feita à Arena Multiuso.