A Fórmula E começará a temporada 2019/2020 em novembro com um “gás” a mais. Isso porque a categoria de carros elétricos fechou a última temporada em julho com lucro de € 1 milhão. Foi a primeira vez em cinco anos de existência que houve lucro nas operações da categoria. As informações são do jornal britânico Financial Times.
Para se ter uma ideia, na temporada anterior, a de 2017/2018, o prejuízo da Fórmula E foi de € 26,4 milhões, apesar de gerar uma receita recorde de € 133,4 milhões. À época, o fundador e CEO da categoria, Alejandro Agag, profetizou que o lucro viria até, no máximo, 2020. Ao que tudo indica, a boa notícia chegou antes.
De acordo com o Financial Times, os grandes responsáveis pelo tão esperado lucro da Fórmula E foram os novos acordos de patrocínio, que cresceram cerca de 25%. A publicação coloca as parcerias com Bosch, Heineken, Saudi Arabian Airlines e Moët & Chandon como fatores decisivos nos números positivos da temporada passada.
Foto: Reprodução / Twitter (@FIAFormulaE)
Agag concedeu uma entrevista ao jornal e, nela, revelou que a receita da temporada 2018/2019 chegou a um novo recorde de mais de € 200 milhões, o que foi preponderante para o lucro de € 1 milhão. Segundo o executivo, isso foi possível mesmo sem reduzir o orçamento de marketing que gira em torno de € 30 milhões e era uma possibilidade real para diminuir os gastos.
“Alcançar o ponto de equilíbrio é um momento histórico para nós. Para uma categoria que quase não conseguiu ir para frente depois de três corridas, agora, após 60 corridas, chegamos ao ponto de equilíbrio com forte crescimento de receita. E isso vai continuar, pois os patrocinadores continuam chegando e continuam renovando por mais tempo. Eles perceberam que a Fórmula E é, definitivamente, uma aposta no futuro”, revelou o executivo.
Na entrevista, Agag ainda enfatizou que as receitas com hospitalidade, ingressos, direitos de mídia e taxas das cidades-sede também cresceram no ano passado. Por último, também apontou que a Fórmula E teve uma audiência global de TV de 411 milhões de pessoas na temporada passada, um aumento de 24% em relação ao ano anterior.
“O maior crescimento está vindo do lado do consumidor. Definitivamente e finalmente, estamos diversificando nossos fluxos de receita”, disse.
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A temporada 2019/2020 da Fórmula E será a sexta da história da competição e já tem calendário definido, mais uma vez com o Brasil de fora. Com 14 provas no total, o início será com o e-Prix da Arábia Saudita, em 22 de novembro. A última corrida está marcada para 26 de julho de 2020, em Londres.