Os gestos de racismo e de apologia ao nazismo feitos por parte da torcida da Bulgária na partida em que a seleção do país foi derrotada pela Inglaterra por 6 a 0, válida pelas Eliminatórias da Euro 2020, instaurou um verdadeiro caos na Federação Búlgara de Futebol (BFU). Em questão de horas, a entidade perdeu qualquer tipo de relação com o governo do país e ainda viu seu presidente sucumbir à pressão e pedir demissão.
A primeira atitude foi tomada por Boiko Borissov, primeiro-ministro búlgaro, que condenou veementemente os atos racistas e cortou relações, inclusive econômicas, com a federação. Em seguida, requisitou a saída imediata do presidente da BFU, Borislav Mihaylov, do cargo e disse que pensaria em retomar as relações apenas depois disso. O político ainda usou as redes sociais para demonstrar sua indignação.
“Eu condeno fortemente a conduta de alguns dos fãs no estádio. É inaceitável que a Bulgária, um dos países mais tolerantes do mundo e que tem pessoas de diferentes etnias e religiões convivendo pacificamente, seja associada ao racismo”, escreveu Borissov em sua página pessoal no Twitter.
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Depois das severas críticas, não demorou muito para que Mihaylov pedisse demissão da função de presidente da federação. A carta de resignação do agora ex-presidente será entregue ao comitê executivo do país na próxima sexta-feira (18).