A disputa da Superleague Formula serviu para o Flamengo voltar a vociferar contra a não-adequação do calendário do futebol brasileiro ao da Europa. Na semana passada, na Inglaterra, até mesmo o piloto Tuka Rocha, que dirige o carro do clube na competição, alinhou seu discurso ao dos dirigentes. ?É muito bom poder defender o Flamengo, isso ajuda o clube a ficar ainda mais conhecido. Mas o time também precisaria jogar mais aqui na Europa para reforçar esse investimento na Superleague?, afirmou o piloto. A declaração de Tuka se tornou o tom do discurso do clube quando o assunto é buscar uma internacionalização da marca ao competir na categoria que reúne os clubes de futebol em autódromos do mundo inteiro. ?De que adianta eu estar aqui com o carro se o time de futebol, que dá fama ao clube, não pode vir para a Europa realizar amistosos?, indagou Ricardo Hinrichsen, vice-presidente de marketing do clube carioca, em tom muito semelhante ao do presidente Márcio Braga, que na véspera da estréia da Superleague dizia exatamente a mesma coisa. A adequação do calendário brasileiro ao europeu é uma antiga reivindicação de Braga à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Essa correlação entre as competições é vista, por muitos clubes, como a melhor maneira de permitir que clubes brasileiros passem a excursionar no exterior. Neste ano, o Internacional, de Porto Alegre, disputou o Torneio de Dubai, no começo do ano. Pouco tempo depois o Vasco também participou de um torneio em Dubai. Ambas as competições tiveram a presença de outras equipes da Europa.