O Atlético de Madrid assinou o maior contrato de patrocínio de sua história com a plataforma de criptomoedas WhaleFin. Segundo o site Playbook, o acordo é de € 42 milhões por temporada e será válido por cinco anos. Em troca, a empresa aparecerá no espaço principal da camisa do time espanhol e bloqueará a maioria dos direitos vinculados ao blockchain entre as temporadas 2022/2023 e 2026/2027.
A plataforma, controlada pelo Amber Group, com sede em Hong Kong, permite que os usuários criem seu próprio portfólio de investimentos baseado em criptomoedas. Fundada em 2017 por executivos do Morgan Stanley, Goldman Sachs e Bloomberg, a empresa fechou, no último mês de março, uma rodada de investimentos de US$ 200 milhões (€ 190 milhões), da qual participaram alguns dos mais importantes fundos do mundo, como Sequoia China, Pantera Capital e Tiger Global Management. A avaliação da WhaleFin ascendeu, então, a US$ 3 bilhões (€ 2,853 bilhões).
A empresa explicou em um comunicado que os fundos seriam utilizados para a sua expansão global, com destaque especial para a Europa e a América do Norte. E é aí que se enquadra o compromisso com o Atlético de Madrid, que se tornará um dos seus principais meios de promoção graças à visibilidade que será garantida pelas transmissões de jogos da LaLiga e, provavelmente, da Champions League.
Novo patamar
O novo acordo praticamente triplica o que a Plus500 vinha pagando nos últimos anos, já que se estima que esse montante variou entre € 15 milhões e € 17 milhões por ano. A empresa so setor financeiro começou a patrocinar o time de Madri em 2015.
Para entender o tamanho do salto econômico do novo contrato do Atlético de Madrid é só comparar com o de outros gigantes europeus. O Barcelona assinou com o Spotify por € 57,5 milhões para ser o patrocinador máster do time principal masculino e feminino. Já a Juventus renovou com a Jeep por € 45 milhões. O Manchester United, por sua vez, acertou com a TeamViewer por € 58 milhões.
Além da WhaleFin, o Atlético de Madrid está perto de renovar com a Hyundai o acordo para as mangas da camisa. A montadora sul-coreana entrou no clube em 2018. No ano passado, renovou o contrato por mais uma temporada. Agora, está no processo de finalizar um acordo para prolongar sua permanência com a propriedade, além da camisa de treino, na qual também estampa sua marca.
O patrocínio máster da camisa de treino está com a Capital Energy. Em julho, a empresa assinou com o time madrilense até a temporada 2023/2024.
Outro ativo importante do clube, os naming rights do estádio, está nas mãos do Grupo Wanda, cujo contrato de cinco anos termina no meio deste ano. O valor atual é de € 50 milhões. O grande desafio do clube nos próximos meses é encontrar um novo parceiro para esse ativo, um dos mais valiosos do Atlético de Madrid.
Além desses contratos, o time possui acordos com marcas como Ria Money Transfer, Mahou, Movistar, CaixaBank, EA Sports, Coca-Cola, Acronis, Socios.com, TD Systems, Sorare, Rowe, Philipp Plein, Solán de Cabras, Falken, Marca, BH Fitness, Halcón Viajes, Clínica Universidade de Navarra, Universidade Unir e Dapper.
Apesar de todos esses contratos, o clube fechou 2020/2021 ainda sob os efeitos da pandemia, com uma perda recorde de € 111,6 milhões. O time tem dívida líquida de € 632,4 milhões.