Um dos grandes pilares do seu projeto de marketing para a temporada, o plano de sócio-torcedor do Grêmio já atinge um receita recorde no futebol brasileiro, pelo menos segundo os seus dirigentes. Com cerca de 50 mil adesões, o clube gaúcho contabiliza mais de R$ 5 milhões arrecadados em apenas um mês com seus associados. ?Nossas receitas extraordinárias cresceram muito. Entre janeiro e fevereiro tivemos R$ 5 milhões com associados. Isso contando as mensalidades, cadeiras e estacionamento?, afirma César Pacheco, vice-presidente de marketing do Grêmio. Apesar de exaltado pelo dirigente, esse valor estaria bem superestimado. Segundo a Máquina do Esporte apurou com uma pessoa com tr”nsito entre o alto escalão do clube, as cifras com o projeto de sócio-torcedor do Grêmio não ultrapassam os R$ 2,5 milhões mensais. De acordo com dados oficiais do Grêmio, o clube possui 50 mil sócios, sendo que 43 mil são adimplentes. Entre esses que estão em dia, 29 mil são sócio-torcedores e gastam R$ 25 por mês, enquanto os outros 14 mil associados pagam R$ 50. Além deles, o clube gaúcho conta com cerca de 10 mil locatários de cadeiras, que têm uma mensalidade de R$ 100, mesmo valor pago mensalmente para o aluguel de cada um dos 200 boxes de estacionamento disponíveis no Estádio Olímpico. Nessa conta, se todos os torcedores quitaram suas mensalidades no prazo, o Grêmio embolsou uma receita bruta de R$ 2,445 milhões, o que representa metade do valor citado pelo vice-presidente de marketing do clube. O Internacional, por exemplo, clube que introduziu no futebol brasileiro o modelo de sócio-torcedor utilizado por boa parte dos clubes no país, faturou R$ 12 milhões ao longo de 2006. Além de ser o ano em que o projeto foi criado, essa temporada também teve como grande atrativo para os torcedores o bom momento do time dentro de campo, que culminou com as conquistas da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes.