O Esporte Clube Pinheiros, tido como um dos mais tradicionais e ricos de São Paulo, decidiu recorrer ao seu quadro de associados para conseguir ter receita com a Lei de Incentivo ao Esporte. No último mês de fevereiro o projeto do Pinheiros foi aprovado para a captação de recursos pela lei. Ao todo, o Ministério do Esporte autorizou a prospecção de R$ 11,7 milhões para o ?Programa de Formação Desportiva para Atletas Não-Profissionais?. Na edição deste mês da revista do clube, um encarte sobre a lei é entregue ao associado. O objetivo é convencer o sócio a descontar parte de seu Imposto de Renda como pessoa física em benefício do clube, para o qual já paga R$ 196 de mensalidade, sem contar as outras atividades esportivas realizadas. No encarte, o presidente do clube, Antonio Moreno Neto, solicita ao sócio que destine a verba tanto como pessoa física quanto jurídica para o projeto, que visa a formação de atletas entre 14 e 19 anos em 15 modalidades olímpicas, entre elas algumas como o vôlei e o basquete. Curiosamente os dois esportes já tiveram casos envolvendo transferências de atletas que foram incluídos pela Lei Pelé como esporte profissional. Com a aprovação do projeto do Pinheiros, mais um entidade com verba milionária tem permissão do Ministério do Esporte para captar recursos via lei de isenção fiscal. O Pinheiros conta com um quadro de mais de 20 mil associados ativos. Quando a lei foi aprovada, o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., ressaltou que o benefício seria para o desporto de base, em detrimento do futebol, que já tinha verba suficiente para não depender do incentivo. Apesar disso, como mostra reportagem da quarta edição da Revista Máquina do Esporte, a maioria dos projetos aprovados até agora são todos para entidades milionárias e que já dispõe de patrocínios, como o COB, o CPB, o São Paulo, o Minas Tênis Clube e o Atlético Mineiro. Para adquirir um exemplar da revista ou fazer a assinatura e conferir essas e outras reportagens, clique aqui.