O Atlético-MG poderá perder o seu principal patrimônio para a Justiça do Trabalho. Uma ação movida pelo lateral-esquerdo Ronildo Batista Santos fará com que a sede do clube vá a leilão no próximo dia 27 de março, dois dias depois do aniversário de 99 anos do time. Os dirigentes atleticanos vão recorrer da decisão. “No momento o que temos que fazer é pagar, mas o Atlético vai buscar um meio jurídico para evitar o leilão”, disse o presidente do clube Ziza Valadares, em entrevista ao Portal Uai. A resolução do juiz José Eduardo Chaves Júnior, da 21ª Vara do Trabalho, foi publicada no Diário Oficial da União, assim como a data da possível penhora. Em novembro do ano passado, o juiz já havia determinando o pagamento da dívida em cinco dias úteis. Como o Atlético não quitou o débito, ficou decidido que o leilão seria agendado. O clube já trabalhava com a possibilidade da sede ser leiloada. O próprio Ziza admitia na última semana que a grave situação financeira do clube poderia levar à perda da casa localizada no bairro de Lourdes. Para evitar o leilão da sede, o clube alega que o imóvel também pertence aos associados atleticanos. O juiz indeferiu o pedido por falta de amparo legal. Só em ações trabalhistas já julgadas, o time deve R$ 10,2 milhões. A curto prazo, os mineiros ainda terão que pagar a quantia referente às ações movidas pelo meia Ramon (R$ 3 milhões), pelo volante Gilberto Silva (R$ 2,5 milhões), e pelo goleiro Kléber (R$ 1,2 milhão), todas já em fase de execução. A Ronildo, o Atlético deverá pagar R$ 1,3 milhão.