O presidente do Botafogo, Durcesio Mello, e o investidor John Textor assinaram, nesta quinta-feira (3), o contrato para a transferência do controle da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo. Com o documento, o clube carioca deve receber, nos próximos dias, um novo aporte de R$ 100 milhões.
”Estou muito grato por essa oportunidade, honrado pela confiança que depositaram em mim e cada vez mais apaixonado pela torcida do Botafogo. Estou muito orgulhoso de fazer parte dessa família: sou mais um escolhido”, afirmou o americano.
O contrato dá a Textor 80% das ações da SAF do Botafogo. Outros 10% são a garantia do empréstimo de R$ 50 milhões feito em fevereiro. Com isso, o americano, que também é um dos donos do Crystal Palace, da Inglaterra, deterá 90% das ações do clube carioca.
“Vim para construir um time campeão e farei o meu melhor para isso. Vamos trabalhar todos os dias para levar o Botafogo de volta ao seu lugar na história”, disse Textor.
Com o contrato formalizado, a ideia é que se inicie o planejamento para o Campeonato Brasileiro, principal competição do Botafogo neste ano. O clube ainda busca a contratação do técnico português Luís Castro, que está no Catar. Nomes como o zagueiro Philipe Sampaio, do Guingamp, e o meia Lucas Piazon, do Braga, estão na lista de reforços.
Com novos investimentos vindo à tona, Mello destacou a importância para o Botafogo da formalização da transferência da SAF para Textor.
”Hoje é mais um dia histórico. O Botafogo, de tradições e glórias, agora vai também mirar o futuro com a certeza de que voltará a ser protagonista. A nossa gestão tem orgulho de ter encontrado um grande parceiro como o John Textor, um investidor sério, responsável, cuidadoso e que será um grande guardião do nosso futebol”, afirmou o presidente do Botafogo.
Contratado em março de 2021, o CEO Jorge Braga relembrou os principais movimentos da gestão no período, que impactaram na atratividade do projeto.
”O Botafogo é o único clube grande do Brasil que seguiu à risca todo o processo de profissionalização de sua estrutura na mudança para a SAF. Reestruturação geral, quebra de paradigmas sobre valor de custo e acesso da Série B à Série A em meio a um turnaround”, destacou o executivo.
“Constituímos a SAF com o RCE [Regime Centralizado de Dívidas] ao mesmo tempo: o único clube do Brasil com os dois movimentos juntos”, destacou o CEO.
Com a assinatura, resta a conclusão de trâmites burocráticos para a redação final. Nada, no entanto, que possa impactar no desfecho do negócio.