Conhecido como uma atividade praticada principalmente em bares, o dardo quer mudar sua fama e entrar para o hall dos esportes olímpicos. Para isso, a Federação Paulista de Dardo (FPD) pretende, primeiramente, difundir o jogo como uma modalidade, deixando de lado esse caráter meramente recreativo. Internacionalmente, o esporte é forte na Inglaterra, país onde foi criado, e em todo o Reino Unido. A Federação Mundial de Dardo, inclusive, tem se esforçado em prol da inclusão do dardo como modalidade de demonstração nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. No Brasil, o esporte é muito pouco conhecido e tem até certo preconceito por parte do público. “No começo, precisamos espalhar o esporte pelo país. Não temos lá grande aceitação e, sempre que lembrado, o dardo é ligado a um jogo de bar. As ações devem ser feitas, inclusive, nesses lugares em que o dardo é só mais uma diversão, profissionalizando, assim, o jogo”, afirma André Stegun, presidente da FPD. Além de divulgar o esporte nos meios em que ele já é praticado, a FPD organiza clínicas de dardo em outros lugares com grande concentração de pessoas, como Sesc e a Virada Esportiva, por exemplo. O retorno dessas ações é considerado acima do normal pelo próprio presidente da entidade. Segundo ele, cerca de 90% dos inscritos voltam a praticar o esporte profissionalmente. Mesmo assim, o estigma de ser apenas um jogo de bar ainda cria barreiras para o desenvolvimento da modalidade, principalmente na captação de patrocínios. Atualmente, os únicos apoios, considerados “mínimos” por Stegun, são da Prefeitura de São Paulo e do Clube Nacional, na capital. O clube, aliás, é o local em que acontecem clínicas para associados e que será sede do Campeonato Paulista da molidade, nos próximos dias 15 e 16 de março. O torneio deve contar com a participação de cerca de 60 pessoas entre homens e mulheres. Para os oito primeiros colocados de cada categoria, será distribuído um prêmio total de R$ 2 mil. As inscrições devem ser feitas até o dia 12 de março, às 20h, no site da Federação Paulista (www.fpd.org.br). Outro ponto no projeto para atrair mais praticantes é difundir as regras, baseadas em três operações básicas da matemática: soma, subtração e multiplicação. “O jogo do dardo não é como o arco e flecha, onde o objetivo é simplesmente acertar o centro. Todo jogador começa com 501 pontos e a cada casa que acertar, ele subtrai o ponto equivalente. O primeiro que conseguir zerar o placar é o vencedor”, ensina o dirigente, que ainda completa: “Para dificultar, cada casa com o valor grande tem, ao seu lado, uma de valor pequeno. O que requer mais concentração e maior habilidade. Não adianta, por exemplo, o jogador chegar ao “?1″; só ganha quem atingir o zero”.