O conflito entre China e Tibete pode gerar uma crise entre os patrocinadores e a organização das Olimpíadas de Pequim. As constantes manifestações por parte de grupos ativistas começaram a amedrontar as empresas anunciantes dos Jogos. São grandes as especulações de um possível boicote por parte de alguns países às Olimpíadas de Pequim 2008, tudo por causa do regime autoritário que impera na China. Um grupo de ativistas liderado por Mia Farrow já conseguiu, inclusive, fazer Steven Spielberg desistir do cargo de assessor artístico dos Jogos. As empresas mostram certa preocupação com os problemas, mas descartam retirar seus patrocínios do evento. Em uma reunião nesta semana, grandes marcas norte americanas que patrocinarão os Jogos discutiram qual seria a postura ideal diante deste conflito. Segundo o jornal alemão ?Handelsblatt?, pessoas ligadas à montadora Volkswagen afirmam que as Olimpíadas devem ser usadas como uma plataforma de diálogo, a fim de resolver e não aumentar os conflitos. “O investimento feito nos Jogos Olímpicos de Pequim são os maiores já feitos pela Volkswagen e este conflito não vai mudar esta situação”, afirmou Winfried Vahland, diretor da montadora. Uma das grandes preocupações da organização do evento é o caminho que a tocha vai percorrer até Pequim. O trajeto, que inclui Tibete e Everest, será acompanhado por uma grande frota de veículos de seguranças. Empresas que patrocinam a passagem da tocha, como Volkswagen, Coca Cola e Lenovo, também se preocupam com a presença de ativistas ou até mesmo do excesso de militares, prejudicando a imagem das empresas. Apesar de todos os conflitos, a União Européia, o Comitê Olímpico Australiano, a Alemanha e a França vieram a público, recentemente, reiterar o desejo de participar dos Jogos. Segundo eles, boicotar a ida de seus atletas à competição não resolveria o problema e prejudicaria a vida dos atletas, que se dedicam, na maioria das vezes, exclusivamente para os Jogos.