Depois de muita troca de “farpas” e dúvidas nas administrações, Santos e São Paulo aprovaram suas contas, respectivamente, nas últimas terça e quarta-feiras. Apesar da semelhança nas discussões entre dirigentes, o resultado financeiro foi bem diferente. O time da capital fechou 2007 com um superávit de R$ 3,8 milhões, enquanto que o da Vila teve déficit de R$ 36 milhões. Comparado a 2006, a equipe do Morumbi teve quase 59% a mais de arrecadação, enquanto que o da Baixada teve cerca de 66% a mais de dívidas. Sabe-se que no ano passado, só Vanderlei Luxemburgo e sua comissão custaram aos cofres santistas cerca de R$ 12 milhões. Além disso, outro fator que teria pesado no balanço foi a preferência do Santos em deixar R$ 9 milhões no banco com rendimento de 16% em vez de pagar dívidas com empréstimos que tinham juros de 39%. No total, o time da Vila teve uma arrecadação de R$ 54 milhões e gastos de R$ 90 milhões. O clube ainda mantém R$ 41 milhões de dívidas com bancos e outros R$ 76 mi com o governo. Além dessas contas a pagar, outro fato deve comprometer o balanço de 2008: a não ida de Rodrigo Souto à Europa, o que renderia ao time R$ 15 milhões. Já no São Paulo, a gestão de Juvenal Juvêncio acumula R$ 34 milhões de lucro. A oposição, no entanto, ainda questiona o uso desse montante, já que dívidas admitidas para refinanciamento da Timemania não foram abatidas. Em 2007, o superávit só não foi maior, pois parte da arrecadação foi usada para pagar dívidas antigas.