Depois de muito investir nos Jogos Olímpicos, o governo chinês começa a pensar na situação de seu país nos dias que virão após as competições. Um acordo entre o governo do país com nove corporações estatais e outras 38 empresas localizadas em Pequim pretende garantir empregos para todos que trabalharem no Comitê Organizador dos Jogos (Bocog). Os cargos a serem ocupados ainda não foram especificados. O secretário geral da entidade, Zhang Zhiwei, disse que o programa de emprego do pós-jogos vai trazer confiança e embasamento suficiente para que as Olimpíadas sejam um sucesso não só durante, mas depois de seu acontecimento. “O compromisso também tem como objetivo realçar o desenvolvimento de recursos humanos do país”, afirmou o dirigente. Entre as corporações estatais que assinaram o acordo estão incluídas uma empresa petroleira, uma química, uma construtora, um banco, uma de telecomunicações, e uma hidroelétrica. O diretor da estatal que supervisiona e administra os recursos para Pequim, Shen Rubing, acredita que este acordo vai dar oportunidades para promover a otimização da estrutura de recursos humanos das empresas chinesas em geral, tornando-as mais profissional. Além do desemprego, outro medo que assola os países que organizam as Olimpíadas é a recessão. Esse perigo, porém, também não existe, segundo um representante da 11ª Assembléia Popular Nacional (APN), principal órgão legislativo do país. “Durante a viagem que acabei de concluir à Europa me perguntavam frequentemente se a China poderia enfrentar uma recessão pela queda nos investimentos depois dos Jogos e minha resposta sempre foi não”, afirmou Justin Yifu Lin, após uma viagem pelo velho continente no início deste mês. Ainda segundo ele, um dos aspectos que diferencia a China dos demais países que sofreram com recessão após o fim dos Jogos é o tamanho da economia, que é muito maior do que as demais nações que enfrentaram esse tipo de problema.