Investidora do Campeonato Brasileiro desde 2005, a Nestlé mudará o foco de atuação no torneio nesta temporada. Apesar de ser noticiado que a multinacional não iria mais realizar promoções na competição, o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, afirmou que as partes ainda estão em negociação. ?O que posso dizer neste momento é que continuamos negociando com a empresa, mas o acordo não será nos mesmos moldes dos anteriores?, afirmou Koff, ao ?Lance!?. Um dos motivos para a desistência, ou mesmo na mudança de estratégia por parte da empresa, teria sido os incidentes ocorridos no jogo entre Flamengo e Atlético Paranaense, no ano passado, e que fazia parte da campanha ?Torcer Faz Bem?. Na ocasião, houve grande tumulto para troca de produtos, por conta da import”ncia da partida. Porém, mais do que apenas uma má publicidade para a empresa, o episódio rendeu um grande número de processos. Até agora, apenas o torcedor flamenguista Geneci Soares ganhou a ação e, por conta disso, receberá da Nestlé uma indenização de R$ 500 e a devolução dos R$ 17,67 usados para compra de três latas de Nestón, produto que seria trocado por ingressos. Essa ação, porém, é apenas a ponta do iceberg. Levando em conta o valor conquistado pelo flamenguista, a empresa poderá desembolsar até R$ 300 mil em indenizações. Além disso, a Nestlé pode ser multada pelo Procon em 200 a três milhões de UFIRs, o que representa algo entre R$ 212 e R$ 3,18 milhões. No primeiro ano de promoção, a empresa atuou em 79 jogos e levou 1,2 milhão de pessoas aos estádios. Na temporada seguinte, as 81 partidas atingidas pela ação tiveram uma média de público de 17,6 mil torcedores. Em 2007, foram mais de 23 mil pessoas por jogo atraídas pela iniciativa da Nestlé, que conseguiu arrecadar mais de 985 toneladas de produtos doados nesse período, segundo reportagem publicada na quarta edição da Revista Máquina do Esporte.