A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi condenada pela 41ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a pagar R$ 13 milhões à Coca-Cola, por conta da quebra do contato de patrocínio à seleção, em 2001. As informações são da revista jurídica ?Última Inst”ncia?. No mesmo ano, a entidade fechou com o Guaraná Antárctica, principal concorrente da Coca-Cola no mercado de refrigerantes. A parceria com a marca da Ambev ainda está em vigência. Segundo a ?Última Inst”ncia?, o acordo anterior da CBF com a Coca-Cola ? firmado em 1997 – previa um aporte de R$ 30 milhões e venceria apenas em dezembro de 2002, um ano após o rompimento unilateral por parte da entidade esportiva. Havia ainda a possibilidade de renovação automática por mais quatro anos. A marca Coca-Cola apareceu nos uniformes da seleção brasileira por 11 anos. À época do rompimento, a empresa afirmou que soube do término da parceria pelos jornais. A CBF, por sua vez, justificou a mudança de patrocinador com a alta do dólar naquele ano. De acordo com a entidade dirigida por Ricardo Teixeira, a cotação ?inflacionada? da moeda americana refletiu no custo das passagens aéreas e hospedagens do time brasileiro no exterior. Em 2005, em decisão de primeira inst”ncia, o juiz Leandro Ribeiro da Silva havia julgado improcedente a ação da Coca-Cola. A empresa, no entanto, entrou com recurso. O desembargador José de Samuel Marques, relator do recurso, argumentou que “não existe moeda com estabilidade plena” e “não houve nenhuma alteração no comércio interno do país”, dando ganho de causa parcial à Coca-Cola. A multa era de R$ 10 milhões. No dia 27 de março deste ano, a juíza Patrícia Rodriguez Whateley deu prazo de 15 dias para que a CBF quitasse a dívida, que, acrescida de correção monetária, chega agora a R$ 13 milhões. A reportagem da Máquina do Esporte tentou falar com as assessorias de Coca-Cola e CBF na manhã desta segunda-feira. Até o momento, porém, não obteve retorno das ligações.