Depois de perceber irregularidades no estatuto da Confederação Brasileira de Levantamento de Peso (CBLP), o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) escolheu na última terça-feira, pela primeira vez em sua história, um interventor para essa entidade. O escolhido para o cargo foi Amilton Barreto de Barros Junior e o COB pretende acabar com as irregularidades como a “vac”ncia” dos cargos diretivos da entidade, já que a eleição para presidente da CBLP, que deveria ter ocorrido em assembléia geral, em janeiro, não aconteceu. Além disso, a CBLP não tem em seu estatuto o endereço da sede da confederação e a composição de seu Tribunal de Justiça tem apenas sete integrantes e não nove como determina a Lei Pelé. “O COB me ligou e disse que estava mandando um interventor. Mas não falaram nada de eu não ser mais presidente, até porque as eleições estão marcadas para 29 de abril. E o endereço da confederação consta no estatuto, está registrado em cartório”, se defende Davi Monteiro Gomez, ex-presidente da confederação substituído por Barros Junior. Caso parecido foi visto na Confederação Brasileira de Vela e Motor, mas, neste caso, foi a pedido dos próprios membros da entidade, que pediram por uma indicação depois da saída de Lars Grael do cargo de presidência da entidade. Outras semelhanças são vistas no caso da Confederação Brasileira de Tênis, no qual Nelson Nastás é presidente, e na Confederação Brasileira de Judô, onde o mandatário é Mamede, que, apesar de serem alvos de suspeitas por parte do COB, nunca sofreram ações deste tipo.