A operadora de telefonia celular Oi pode ocupar o lugar da Vivo como patrocinadora da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e, conseqüentemente, da seleção brasileira. A informação foi confirmada nesta terça-feira pelo porta-voz da CBF, Rodrigo Paiva, à reportagem da Máquina do Esporte. ?A CBF não quer mais a Vivo de jeito nenhum. Isso já está definido. Só não sabemos ainda quando isso [o fim do contrato] irá acontecer?, afirmou Paiva após o seminário que marcou o lançamento do Campeonato Brasileiro, no hotel Transamérica, em São Paulo. Segundo o executivo, já houve até uma sondagem da Oi para substituir a atual parceira. A Vivo paga US$ 4 milhões (cerca de R$ 6,6 milhões) ao ano para ter o status de patrocinadora da seleção. A CBF, porém, já mais de uma vez notificou a parceira exigindo a quebra do contrato pelo não-cumprimento de algumas cláusulas. O maior problema, segundo Paiva, é que o contrato previa, além do pagamento em dinheiro, a execução de diversas outras ações com a marca da seleção brasileira e que poderiam gerar, ao final de um ano, cerca de US$ 12 milhões aos cofres da entidade. Essas ações envolveriam ao fornecimento exclusivo de conteúdos da seleção, como vídeos, toques de telefone, protetores de telas temáticos do time nacional, etc. Parte da receita ficaria com a CBF. Além do duelo com a Vivo, a máxima entidade do futebol nacional pretende rediscutir o contrato com outro patrocinador. Ainda neste primeiro semestre deverá ocorrer uma reunião com executivos da Nike para renegociar os valores pagos pela empresa americana para patrocinar a seleção brasilera. Atualmente a fabricante despeja US$ 25 milhões para estampar sua logomarca na camisa de todas as seleções do país. A CBF espera aumentar consideravelmente o valor e passar a ser a mais bem remunerada seleção nacional patrocinada pela Nike. O motivo para esse pedido de renegociação foi o recém-anunciado acordo entre a França e a empresa americana. Os franceses passarão a vestir a Nike, em 2011, após 36 anos de relação com a Adidas. Para isso, os americanos pagarão US$ 40 milhões ao ano aos franceses. O Brasil, carro-chefe das campanhas da marca desde 1996, acredita que deve receber pelo menos o mesmo valor da França.