O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou que irá propor, no próximo congresso da entidade, que acontecerá nos dias 29 e 30 de maio, em Sidney, restrições em relação à troca de nacionalidade de jogadores. O dirigente disse que muitos nações, principalmente africanas e européias, abusam das atuais regras, que permitem que um atleta defenda a seleção de qualquer país, desde que resida no mesmo por mais de dois anos. O brasileiro Eduardo da Silva, atacante do Arsenal, se naturalizou croata valendo-se dessa regra, já que jogou mais de duas temporadas pelo Dynamo Zagreb. Além dessa entrada, também podem jogar pela seleção os jogadores que tiverem ascendência próxima nascida no país, como pai ou avô. “Eu não sou profeta, mas posso dizer que, na Copa do Mundo de 2014, metade dos jogadores pode ser do Brasil. Temos que introduzir uma barreira maior para impedir que isto aconteça”, afirmou Blatter, que completou. ?Estamos lutando para manter o mínimo de identidade nacional?. A proposta do comitê executivo é de aumentar o tempo necessário para a nacionalização de dois para cinco anos. Para se tornar válida, a idéia precisa ser aprovada por pelo menos 75% do comitê, onde todas as 208 federações filiadas podem votar. Em 2004, a Fifa impôs algumas restrições, após dois brasileiros defenderem a seleção do Catar sem ter qualquer ligação com o país.