Após ser liberada de um dos processos por doping, Rebeca Gusmão foi suspensa por dois anos pela Federação Internacional de Natação (Fina). A decisão foi motivada ainda pelo resultado positivo no teste antidoping realizado no Pan do Rio, em 2007. O teste acusou o uso da testosterona, hormônio masculino que aumenta a massa muscular e melhora o desempenho físico do atleta, entre outros efeitos. A defesa de Rebeca alegou erros de procedimento durante a realização do exame. Com a decisão, é cada vez mais delicada a situação da atleta com seus patrocinadores. Além disso, a nadadora não deverá ter tempo hábil de disputar os Jogos Olímpicos de Pequim, mesmo se recorrer da decisão na Corte Arbitral do Esporte (CAS), última inst”ncia da Justiça Desportiva internacional, conforme prometido. “Vamos pedir urgência no julgamento para ela ter tempo de disputar a Olimpíada”, disse a atleta à agência “Reuters”, por meio de sua assessoria de imprensa. Na última sexta-feira, Rebeca recebeu o comunicado da Corte Arbitral do Esporte (CAS) dizendo-se incapaz de julgar seu suposto caso de doping durante o Troféu Maria Lenk de 2006. Além dos dois casos de doping, Rebeca Gusmão ainda pode ser punida por fraude, também constatada no Pan de 2007, em que dois exames de urina da nadadora apresentaram DNAs diferentes. Em nota oficial, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) disse que a Fina comunicou a suspensão da nadadora brasileira, a contar a partir do dia 2 de novembro de 2007, já que a atleta estava suspensa preventivamente.