A Ponte Preta e a construtora Odebrecht revelaram nesta semana o interesse em construir um estádio de R$ 110 milhões para o clube de Campinas (SP). O projeto apresentado ao clube prevê a formação de uma empresa reunindo Odebrecht e Ponte para a construção e posterior gerenciamento da arena, sendo responsável por todos os custos relacionados à manutenção do estádio. Na terça-feira foi feita uma apresentação da proposta para uma Comissão de Estudos do clube paulista. Nela, ficou definido que o estádio terá R$ 77 milhões (ou 70% do total) custeados por um financiamento do BNDES. Os R$ 33 milhões restantes seriam divididos igualmente entre Ponte e Odebrecht. Para conseguir levantar esse dinheiro e financiar a construção do novo estádio, a diretoria da Ponte Preta se comprometeu a estudar a venda do atual estádio do clube, o Moisés Lucarelli, localizado numa região de classe média alta de Campinas. O projeto para a venda do estádio ainda não foi traçado, mas o clube deixou claro que só aceitará ?perder? o terreno após a conclusão do novo estádio. Pelo projeto, a arena terá capacidade para 30 mil torcedores. Segundo a Odebrecht, o número foi considerado o ideal dentro de um estudo de viabilidade financeira do projeto. A expectativa é de que a nova arena tenha uma média de 6 mil pessoas por jogo, ao longo de 30 partidas no ano. Com isso, segundo a construtora, o retorno do investimento aconteceria a partir do 14° ano de duração do projeto. Inicialmente, a empresa formada para gerenciar o estádio terá 25 anos para cuidar da exploração comercial da arena sendo que a Ponte Preta terá a possibilidade de comprar a parte restante da empresa e assumir a gestão completa do estádio quando quiser. As fontes de receita da arena viriam da venda de naming right do estádio, além de receitas com shows, eventos, aluguel e estacionamento. Um ponto em aberto ainda é a questão da divisão da arrecadação de bilheteria com os jogos de futebol. Dentro desse projeto, a expectativa é de que a arrecadação anual seja de ao menos R$ 13 milhões.