Classificada para a disputa dos Jogos Olímpicos de Pequim, a seleção brasileira feminina de basquete deu um passo à frente dos homens, que ainda não garantiram presença na modalidade. Esse sucesso, no entanto, não garante as mulheres no projeto da Associação de Clubes do Basquetebol Brasileiro (ACBB), que primeiro pensa em ampliar sua atuação. ?Se a gente pudesse colocar em ordem os próximos passos, te diria que o primeiro é tentar a união de todos os clubes masculinos em torno da associação. Uma vez feito isso podemos pensar no feminino, que ganha uma grande visibilidade estando na Olimpíada?, disse Cássio Roque, presidente da entidade, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte. Atualmente atuante apenas no estado de São Paulo, a entidade, que surgiu após uma briga de clubes com a Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB), quer melhorar o esporte no país com alianças. Nessa semana, a ACBB se reúne com equipes de outros estados para tramar um acordo. Independentemente do resultado da conversa, os dirigentes comemoram o sucesso da Supercopa Brasil, primeira competição que organizaram. Apesar de não conseguir o retorno financeiro esperado, a ACBB exalta a presença da televisão na competição. ?Na verdade, nesse primeiro ano conseguimos uma vitória que foi ter um campeonato de três meses e meio com 50 jogos transmitidos?, disse Roque, que não viu o mesmo sucesso no Nacional organizado pela CBB. ?Eu acho que a gente deveria analisar o nosso campeonato. Se a gente entrar na discussão é capaz de acirrarmos ainda mais os “nimos entre nós. Mas o [campeonato] da CBB também não foi um sucesso. Teve poucas partidas transmitidas pela televisão, outras tiveram W.O.?, completou o dirigente.