O Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1 perdeu mais um apoio, o que pode culminar em sua saída do calendário do circuito já na próxima temporada. Dessa vez, quem quer a retirada do GP são os próprios australianos. O conselho local que participa da organização do evento afirmou nesta quarta-feira que Melbourne já esteve durante muito tempo no circuito, e espera anúncio oficial do governo do país contra a realização da corrida. Bernie Ecclestone, autoridade máxima da F-1, já havia feito uma proposta em favor da retirada do GP de Melbourne da competição a partir de 2010. Um dos pontos discordantes entre Ecclestone e a organização é o horário. O dirigente quer que a corrida seja realizada durante a noite, favorecendo a transmissão o das TVs européias, e o governo do estado de Victoria se mostra contra a decisão, recusando-se a fornecer energia para a iluminação da prova. Apesar dos lucros com o turismo e divulgação do país, os gastos com a organização da prova aumentam ano a ano. O governo afirma que a prova não traz vantagens, e reitera que, de fato, o GP da Austrália precisa sair do calendário da competição, do qual faz parte há 23 anos. ?O evento simplesmente não ajuda para o desenvolvimento econômico e social da região. Por que deveríamos continuar aturando o barulho e a inconveniência dos carros na área pública?”, questionou Janet Cribbs, prefeita de Port Prince, cidade vizinha à Melbourne, que pede a não renovação do contrato.