Na última segunda-feira a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) anunciou que as duas seleções que tiverem as piores médias de público serão substituídas por outras na Liga Mundial do ano que vem. Essa decisão da entidade, porém, divide especialistas no Brasil. José Carlos Brunoro, presidente da Brunoro Sport Business e ex-jogador de vôlei, acredita que essa medida da FIVB foi excesso de profissionalismo e exagero. Segundo ele, há outros recursos para ajudarem seleções que não levam bons públicos aos jogos. ?Não adianta fazer medidas extremas como essa. O público vai aos jogos porque gosta. E, é dever da Federação ajudar as seleções, com decisões mais simplistas?, afirma Brunoro, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte. Para o ex-atleta, a FIVB poderia fazer ações de marketing em conjunto com as federações locais, oferecendo apoio necessário, com a orientação certa. Se todo esse esforço não desse certo com o tempo, uma medida mais radical seria necessária. Na contramão de Brunoro, Maurício Fragata, sócio da Fragata Marketing de Entretenimento, classifica a decisão da FIVB como ?ótima?, acha que medidas extremas como essa levantam o esporte. ?A Federação tem um retrospecto de mudanças extremas e que deram certo. Uma delas foi o fim da vantagem. São medidas rigorosas, mas que funcionam e o time tem que se adequar à televisão. Se há um planejamento nessa área, há um marketing em cima dele, que traz a TV, que traz a publicidade e gera mais lucros?, disse Fragata. Nem mesmo a possível queda no nível técnico faz com que Fragata pense ao contrário. Para ele, tem que haver um consenso entre a entidade que gerencia o vôlei e as federações para que o esporte consiga boas receitas. O ex-presidente da FIVB Rubén Acosta já havia afirmado que outras oito seleções estão à espera de um lugar no torneio para integrarem o seleto grupo que participa da Liga Mundial.