A briga na negociação dos clubes pelos direitos exclusivos de transmissões de televisão parece não ser exclusiva do Brasil, como no caso de São Paulo, Corinthians e Flamengo e o Clube dos 13, que discutiram bastante essa situação. Na Alemanha, os dirigentes dos clubes do país também se preocupam com a intervenção do Governo nos acordos entre times e emissoras. O contrato, já assinado com a Kirch Group, com as TVs fechadas pode ser cancelado após investigação da comissão antitruste, que combate o monopólio e a falta de concorrência entre empresas. ?Teremos de fazer as coisas de um outro jeito. Só tenho poder para alertar, mas um grande mal pode ser feito ao futebol profissional neste país?, afirmou Christian Seifert, representante da liga de clubes do país. Além das influências nos acordos televisivos, o dirigente mostrou-se preocupado com novas leis que possam surgir e diminuir as receitas dos clubes, como o veto às vendas de bebidas alcoólicas nos estádios do país. Outro ponto, abordado pelo diretor, foi a ausência de empresas particulares de apostas. Para Seifert, o monopólio estatal nesse setor evita que os clubes faturem 160 milhões de euros (R$ 402 milhões) a mais. Essa polemica é um grande problema na Alemanha. Clubes, como o Werder Bremem, têm que utilizar a marca de seu patrocinador Bwin, empresa de apostas, com o logo win. Isso ocorre devido à legislação do país, que acaba afetando as receitas dos times.