O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim (Bocog) e o governo chinês decidiram não reprimir totalmente os protestos durante as Olimpíadas, mas designaram áreas específicas para tal. Seja qual for o mote, a manifestação terá de ser feita em uma das três localidades disponibilizadas especialmente para tal, nos parques de Fengtai, Haidian e Ritan. “A lei chinesa protege as manifestações legais?, afirmou em Liu Shaowu, diretor do departamento de segurança do Bocog, em entrevista coletiva. Shaowu ainda afirmou que os protestos deverão seguir as regras e definirem um local, para obterem autorização da polícia. No entanto, o diretor não esclareceu se, nas áreas específicas, a manifestação será livre de repressão. O país teme por sua imagem no cenário internacional, já que, durante a passagem da tocha olímpica pelo mundo, sofreu com protestos e manifestações pró-Tibete, e teme que os Jogos, sempre com grande acompanhamento da mídia e da população, sejam palco de protestos. Quanto à manifestações vindas de atletas, a organização não se mostra tão preocupada, e recorre à Carta Olímpica, documento que proíbe ações comerciais e não-comerciais, de credo, raça ou política, nos locais de competição.