A preparação intensiva para os Jogos Olímpicos de Pequim e as mudanças efetuadas na China por causa da competição começam a trazer alguns resultados negativos à economia local. Se antes o país era visto pelas marcas como área próspera por causa da mão-de-obra barata, agora a mudança nos patamares salariais afasta marcas fortes como a Adidas, que anunciou que deve mudar sua estratégia. Patrocinadora oficial das Olimpíadas, a marca alemã recentemente inaugurou sua maior loja mundial em Pequim, mostrando interesse pelo público consumidor. A partir do próximo ano, porém, apenas essa relação com os chineses vai se manter intacta, já que parte da produção da Adidas vai ser transferida para mercados mais competitivos. O grande problema é o nível salarial atual do país-sede dos próximos Jogos Olímpicos. O rendimento mensal dos trabalhadores chineses é pautado por um índice estatal que já não é mais tão agradável a empresas que queiram investir. ?Os salários, que estão fixados pelo governo, são progressivamente muito elevados na China”, afirmou Herbert Hainer, presidente da empresa, à revista alemã ?Wirtschaftswoche?. Já dando início ao remanejamento, Hainer anunciou que foi aberta a primeira fábrica na Índia, e que a produção passará também para países como Laos, Camboja, Vietnã e outros da antiga União Soviética e Europa Oriental.