Mesmo sem poder apoiar oficialmente a candidatura de Chicago para organizar os Jogos Olímpicos de 2016, o McDonald”s tem influenciado empresas do ramo a investirem na cidade norte-americana. O contrato entre a maior rede de fast-food do mundo e o Comitê Olímpico Internacional (COI) impede a empresa de injetar recursos em qualquer postulante a sede. O “The Wall Street Journal”, no entanto, revelou que executivos da companhia tem ajudado de forma significativa o projeto de Chicago. De acordo com a publicação, MIke Roberts, representante da empresa em cinco edições olímpicas, foi o organizador de um jantar para arrecadar fundos para a cidade. No evento, onde também estavam outros executivos da rede, cada mesa custava cerca de US$ 100 mil. A polêmica gerada após a divulgação da reportagem fez com que o porta-voz do McDonald”s admitisse a ligação, mas desmentisse qualquer contribuição em dinheiro para a campanha. O COI também se manifestou sobre o assunto, assegurando que a posição de sua patrocinadora é “neutra” e que, embora exista a probição, não há como impedir que pessoas filiadas à companhia atuem por conta própria para apoiar a candidatura. Para Gordon Kane, assessor de marketing da prefeitura de Chicago, as normas colocam o McDonald”s em uma “situação complicada”. Ouvido pela reportagem do “The Wall Street Journal”, o especialista, porém, disse que a atuação dos representantes da companhia não deverá beneficiar o projeto da cidade, que compete com Madri, Praga, Roma, Tóquio e Rio de Janeiro ao posto de organizadora do evento. A decisão do COI será anunciada em 2009.