O mundo globalizado não vê os Jogos Olímpicos com os mesmos olhos que as últimas gerações. Se a média de idade dos telespectadores da maior competição esportiva do mundo gira em torno de 40 anos, o público-alvo de organizadores e patrocinadores é diferente. A solução para esse problema pode estar nas novas mídias, em especial a internet, que oferecem possibilidade de expansão de uma forma inédita na história da comunicação. A preocupação com o panorama que se cria é tamanha que a edição de Pequim terá seu primeiro patrocinador de internet na história. O domínio Sohu.com, além de poder utilizar os símbolos olímpicos em suas ações de marketing, também é responsável pela gestão dos endereços oficiais da competição. A idéia do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim (Bocog) é criar novidades que atraiam espectadores diferenciados, mais jovens, que renovem o rol de fãs da competição. ?A mídia digital terá impacto transformador nas Olimpíadas em múltiplos níveis. Isso mudará a maneira pela qual os Jogos são mostrados, tornando-os mais humanos e mais pessoais?, disse Shoba Purushotaman, presidente-executivo do The NewsMarket, portal de vídeos de marketing na internet, em entrevista à agência ?Reuters?. A procura por esse tipo de informação movimenta as próprias mídias, que vêem nos Jogos Olímpicos uma boa chance de crescimento. No Brasil, por exemplo, o portal ?Terra? é o dono dos direitos de transmissão, e terá 13 canais simult”neos de vídeo com várias opções de interatividade, justamente para estimular a participação do público diferenciado.