Desde a segunda rodada as seleções brasileiras de futebol não jogam com suas camisas oficiais nos Jogos Olímpicos de Pequim. A trupe estrelada por Marta e Ronaldinho não é, porém, a única com ?roupas? diferentes das tradicionais. Por determinação do Comitê Olímpico Internacional (COI), as equipes do torneio de futebol em Pequim estão descaracterizadas. O principal problema é a falta de padrão. A determinação da entidade que regulamenta a maior competição esportiva do mundo não é clara nem obrigatória. Desde o começo de agosto, o COI fala apenas em um veto aos escudos de confederações nacionais de qualquer natureza, que estaria no regulamento dos Jogos. A CBF até tentou burlar essa norma ao entrar em campo contra a Bélgica, pela primeira rodada da disputa, com seu uniforme oficial. No entanto, por pressão do COB, que está preocupado com a repercussão negativa que a briga teria à candidatura do Rio de Janeiro à sede dos Jogos em 2016, voltou atrás e retirou seu escudo. Não foi o caminho escolhido, por exemplo, pela Argentina. A despeito da determinação do COI, a seleção do craque Messi continua com o escudo da Associação de Futebol Argentina (AFA) e a marca da Adidas. Já os Estados Unidos e a Coréia do Sul, ambos times da Nike, seguem o modelo brasileiro, com o logo das confederações nacionais ausente. Para não deixar um ?buraco? na camisa, Itália, Costa do Marfim, Holanda, Nova Zel”ndia e Camarões incluíram os símbolos de seus respectivos comitês olímpicos. Pior ainda é a situação de Sérvia e Bélgica. Patrocinadas pela Nike, as duas seleções entraram em campo com uniformes de outra fabricante. Kappa e Adidas, respectivamente, vestiram os times de forma diferente, com o símbolo dos respectivos comitês olímpicos. Os belgas, por exemplo, usaram um tom excessivamente vermelho que não combina com o modelo histórico mais claro da seleção.