De olho em um retorno de marca mundial, o Inter encerrou, na última segunda-feira, uma das primeiras ações de seu projeto de expansão. Anfitrião do time sub-14 do Shimizu S-Pulse, do Japão, o clube ?vendeu? sua estrutura para investidores asiáticos, que podem, além de avalizar a marca para um novo público, viabilizar parte do processo de reforma do Beira-Rio. A idéia é que o banco Sumitomo, grande parceiro do Shimizu e um dos maiores compradores de créditos de carbono do mundo, ajude na captação de parceiros para o projeto do estádio, que pretende reunir elementos de preservação do meio-ambiente. ?Nós queremos que a reforma do Inter fique dentro de um conceito de preservação. Vamos usar água da chuva para consumo de lavanderia e irrigação do gramado. Além disso queremos ter energia eólica no Beira-Rio. Isso está sendo discutido paralelamente com o banco, e esperamos que ele possa viabilizar essas possibilidades?, disse Jorge Avancini, vice-presidente de marketing do clube. O primeiro passo para esse acerto com o banco foi dado neste último fim de semana. A estratégia do Inter de receber garotos japoneses (com direito a bandeira hasteada na frente do Beira-Rio) mostrou ao executivos do Sumitomo a estrutura e a seriedade do clube gaúcho, que fez questão de inserir seus convidados na cultura local, e não o contrário. ?A presença desses atletas faz parte de um projeto de preparação deles já para a Copa do Mundo de 2014. A gente fez questão que eles se adaptassem ao Brasil, então demos a nossa comida na concentração, por exemplo, o que faz uma grande diferença?, disse Avancini. O plano para o mercado asiático difere do projeto de “mbito nacional. Enquanto a idéia do Inter no Brasil é se fortalecer como segundo time dos torcedores fora do Rio Grande do Sul, no exterior o clube pensa em novos negócios. ?São duas estratégias diferentes. Hoje nós temos uma bela infra-estrutura, principalmente nas categorias de base, que nos possibilita oferecer essa transferência de know how. Com isso entendemos que cravamos bandeira em países como o Japão, criando a expectativa de, no futuro, termos uma torcida fiel como os times da Europa?, concluiu o dirigente.