Apesar de representar ?apenas? 13% do mercado mundial de natação, a Nike, com sua decisão de deixar o esporte, pode afetar a estrutura da modalidade. Com a mudança, as líderes Speedo e TYR não devem preencher totalmente o vazio deixado, o que obrigará as federações a fazê-lo com a verba que, inicialmente, iria para as categorias de base. A leitura da situação foi feita por Evan Morgenstein, um agente de nadadores norte-americano, em entrevista ao site da revista ?Sports Illustrated?. Segundo ele, a situação pode afetar muitos profissionais de médio porte, especialmente os mais velhos. ?A verdade é que apenas duas empresas estão colocando dinheiro diretamente nos atletas. Até existe outras no mercado, mas elas não gastaram quase nada com os nadadores?, disse Morgenstein. Para o agente, a solução é uma participação maior das federações, que, atualmente, investem a maior parte de suas verbas na formação de novos talentos, já que os profissionais conseguem se sustentar com patrocínios. ?A verba que a federação de natação norte-americana [USA Swimming] destina aos atletas de elite atualmente é absurda. Em anos não-olímpicos, os nadadores dependem 90% dos próprios recursos para competirem?, concluiu.