Com a perda de Romário, grande ícone na relação com a torcida, o Vasco quer apostar em outra estrela para cativar as arquibancadas. A partir do próximo fim de semana, nas semifinais da Taça Guanabara, Edmundo deverá utilizar a camisa 10 do clube. Morais, antigo dono do número, vai ganhar a 98, que lembra o título da Copa Libertadores da América, conquistado há dez anos. A idéia da diretoria do Vasco é valorizar a imagem de Edmundo, que não perderá o número mesmo quando não estiver em campo (seu substituto deve vestir a 20). Para evitar que, com isso, Morais perca espaço, o clube resolveu utilizá-lo na peça de marketing que valoriza o aniversário de uma conquista importante, deixando-o também em evidência. ?O Romário era um estouro no Vasco, mas o Edmundo também tem muito apelo. É impressionante o sucesso que ele faz. O torcedor vai conseguir a camisa personalizada mesmo sem a numeração fixa?, explica Pedro Morgado, gerente de relações esportivas da Reebok, fornecedora de material esportivo do Vasco. O Regulamento Geral das Competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não diz nada quanto à numeração dos jogadores, que não precisaria ser necessariamente do 1 ao 11. Há dois anos, por exemplo, Luizão exibiu a 111 no Flamengo, em referência ao número de anos de existência que o clube completava naquele momento. O próprio Vasco, no ano passado, fez ação parecida. Logo após marcar seu milésimo gol, Romário teve a camisa 11 aposentada pelo clube. Além disso, também explorou o evento estampando o número de gols do atacante a cada jogo que ele fazia.