De maneira surpreendente para a maior parte da imprensa e até para seus próprios eleitores, Carlos Arthur Nuzman pode terminar a semana reeleito no Comitê Olímpico Brasileiro. Segundo a ?Folha de S. Paulo?, a convocação dos membros para a assembléia da entidade teria sido feita entre nove e três dias antes do pleito, que não deve contar com todos os dirigentes aptos para a votação. A eleição, confirmada pelo COB, terá chapa única e já está acontecendo no Rio de Janeiro. Segundo a ?Folha de S. Paulo?, o prazo da convocação, que teria sido feita por fax, seria uma infração ao estatuto do COB de 2004, que falava em pelo menos oito dias de antecedência. Além disso, o documento de quatro anos atrás exigia a publicação de um edital em jornais de grande circulação. Desta vez, o COB utilizou apenas o ?Jornal dos Sports? e o ?Jornal do Commercio?, ambos do Rio de Janeiro, que não estão entre as publicações de maior circulação da cidade. Em nota oficial, a assessoria do COB respondeu à Máquina do Esporte dizendo que não descumpriu o estatuto e que as assembléias são sempre fechadas à imprensa. Segundo o documento, a comunicação feita às confederações por meio de ofício só reforça a convocatória do edital, e não é obrigatória. Se for confirmado até o fim do dia, o novo mandato de Carlos Nuzman, que dura até 2012, garantirá o dirigente no cargo por 17 anos. Antes de assumir a presidência do COB, em 1995, o ex-jogador da modalidade havia sido o mandatário da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), cargo que ainda ocupou paralelamente por dois anos, até se desligar da entidade em 1997.