O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, de 66 anos, foi reeleito na noite da última quinta-feira, no Rio de Janeiro, para o seu quarto mandato à frente da entidade. Pela primeira vez, porém, a escolha não foi un”nime. As informações são da “Folha de S.Paulo”. Com 29 dos 36 votos possíveis, Nuzman perdeu os apoios das confederações de tênis de mesa e de badminton. Cristiane Paquelet, Carlos Osório de Almeida e João Havelange, integrantes do Conselho Executivo e do comitê da entidade, faltaram ao encontro, assim como representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Confederação de Desportos de Gelo. A ausência da CBF foi justificada com a demora na chegada do comunicado do COB, que só aconteceu na última terça-feira, dois dias antes do pleito. A eleição foi convocada às pressas pela entidade e não teve chapa de oposição. Os eleitores foram avisados entre nove e três dias antes do pleito. O COB alegou que a reunião foi convocada de forma emergencial por causa dos compromissos de Nuzman no exterior. Ele viajará depois de amanhã para o México e ficará cerca de um mês fora do país. De acordo com a “Folha”, o estatuto do comitê diz que a assembléia deveria ser convocada por comunicação escrita aos seus membros e com edital publicado em jornal de grande circulação pelo menos oito dias antes da eleição, o que não aconteceu. A notificação foi feita no “Jornal dos Sports” e no “Jornal do Commercio”, que não figuram entre os “grandes” do Rio, no dia 25 de setembro. Em nota oficial, a assessoria do COB respondeu à Máquina do Esporte dizendo que não descumpriu o estatuto e que as assembléias são sempre fechadas à imprensa. Segundo o documento, a comunicação feita às confederações por meio de ofício só reforça a convocatória do edital, e não é obrigatória. Com o novo mandato, Nuzman ficará na entidade até 2012. Antes de assumir a presidência do COB, em 1995, o ex-jogador da modalidade havia sido o mandatário da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), cargo que ainda ocupou paralelamente por dois anos, até se desligar da entidade em 1997.