Depois de expor dívidas de grandes clubes, assustar os organizadores de Londres-12 e ameaçar contratos de equipes de Fórmula 1, a crise financeira pode fazer sua primeira vítima real no futebol. Ameaçada pela instabilidade da economia, a Nigéria anunciou, nesta quarta-feira, que não terá condições de organizar o Mundial sub-17 de 2009 sozinha. ?O governo sozinho não vai conseguir bancar o evento. Esse problema está incluído na crise financeira mundial. Nós estamos tentando achar caminhos e maneiras para que o setor privado intervenha?, disse John Odey, ministro da Informação do país africano. A desistência nigeriana é tratada como certa por alguns veículos internacionais. A agência ?Reuters? fala em um anúncio definitivo, enquanto a ?AFP? diz que uma comissão nigeriana, que inclui o ministro dos Esportes Hassan Gimba, está na Suíça para definir a situação com a Fifa. O grande empecilho para a realização do evento é o alto custo previsto pelos organziadores. Totalmente bancado pelo governo nigeriano, o Mundial sub-17 custaria cerca de US$ 314 milhões, valor muito superior às possibilidades da Nigéria. A falta de apoio da iniciativa privada, que ainda poderia solucionar o problema, é um problema conhecido. Organizador do Mundial sub-20 em 1999, o país também viabilizou a competição na ocasião com dinheiro público.