O Palmeiras armou, com dois meses de antecedência, uma grande festa para receber a Ferrari no Brasil, mas o jogo comemorativo, o patrocínio diferenciado e até a camisa para a torcida foram por água abaixo a poucas semanas do grande evento. Em cima da hora, quem ?venceu? o jogo foi o São Paulo, que apostou no apelo de Felipe Massa e usou o piloto brasileiro em ações após o GP Brasil de Fórmula 1. Disputada às 19h10, pouco mais de duas horas após o fim da corrida, a partida contra o Internacional, no Morumbi, teve seu início marcado pela homenagem. Todos os jogadores do São Paulo entraram em campo vestindo uma camisa com o nome de Massa e o número 1. Nem mesmo a perda do título do brasileiro horas antes desanimou os dirigentes do clube. Como a derrota foi a poucos metros do fim da prova em Interlagos, o reconhecimento da torcida e da mídia pelo esforço de Felipe Massa compensaram a ausência do título mundial. Prova disso foi a recepção da torcida já no segundo tempo de jogo. Quando os comandados de Muricy Ramalho já venciam o Inter por 3 a 0, as arquibancadas começaram a cantar o nome do piloto, que ainda foi novamente homenageado no placar eletrônico do Morumbi. São-paulino declarado, Felipe Massa é figura recorrente no clube, já treinou com o elenco atual e tem contato pessoal com alguns jogadores, como Rogério Ceni e o próprio técnico Muricy Ramalho. Essa relação próxima, que afastou a estrela da Ferrari dos projetos rivais enquanto eles ainda existiam, transformou o atual líder do Campeonato Brasileiro no vencedor da ?disputa? com o Palmeiras. Ainda longe da perspectiva de um título e sem autorização nenhuma da Ferrari, o clube do Palestra Itália não fez ação nenhuma na última quarta, quando recebeu o Goiás, e no domingo passado, quando venceu o Santos na Vila Belmiro logo após o GP Brasil. Patrocinadora oficial da escuderia italiana, a Puma não gostou de ver sua parceira estampando modelos prévios da Adidas na época da negociação, e vetou qualquer tipo de ação no Brasil.