O treinador da maior saltadora com vara do mundo, a russa Yelena Isinbayeva, está no Brasil desde segunda (3), auxiliando na preparação de Fabiana Murer, grande estrela da modalidade no país. Ligado à brasileira há sete anos, Vitaly Petrov é um exemplo de sucesso da estratégia ?Oleg? do clube BM&FBovespa, que pode adotar o interc”mbio como chave para os próximos anos. O ?título? é uma referência a Oleg Ostapenko, o ucraniano que a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) trouxe ao país em 2001 para treinar a então inexperiente seleção. O interc”mbio, que diminuiu a dist”ncia para as principais potências e colocou o Brasil no mapa do esporte, é diferente desse no qual Vitaly Petrov está inserido, mas o próprio técnico pessoal de Murer, Élson Miranda, liga os dois casos. ?O Brasil está muito afastado dos grandes centros de treinamento. Nós trouxemos o Oleg para fazer esse trabalho na ginástica, trazendo a melhor técnica, e estamos fazendo o mesmo com o Petrov?, disse o especialista. A idéia não será, a princípio, estendida a todas as modalidades do atletismo. Apesar dos fracos resultados do esporte nas últimas Olimpíadas (apenas duas medalhas nos últimos dois Jogos), Sérgio Coutinho, presidente da Comissão de Esportes da BM&FBovespa, não acredita que todas as modalidades devem passar pelo mesmo processo, mas admite que esse é um dos pilares do investimento do clube nos próximos anos. ?Todo mundo tem de buscar conhecimento. O salto era a prova em que nós tínhamos a maior dist”ncia para as grandes potências, por isso fomos atrás do Petrov. Nós incentivamos muito esse tipo de prática, mas acho que temos casos em que não é preciso tudo isso, como nos saltos horizontais e as provas de velocidade. Já os arremessos podem precisar deste tipo de trabalho?, disse o diretor.