O Grande Prêmio da Austrália, realizado no último domingo, marcou o começo da temporada mais cara, elitizada, globalizada e tecnologicamente avançada da história da Fórmula 1. Apenas em direitos comerciais, a categoria vai faturar 760 milhões de euros (R$ 2,1 bilhões), segundo balanço divulgado nesta quinta-feira pela revista “F1 Racing”. A esse valor, pode-se somar outros 215 milhões de euros (R$ 602 milhões) gerados pela venda de ingressos. A previsão é de que 160 milhões de espectadores acompanhem todas as etapas do calendário ao redor do mundo. Há alguns anos, a F1 deixou de ser apenas uma modalidade esportiva para se tornar um balcão de negócios. O grande responsável por essa virada na categoria foi o inglês Bernie Ecclestone, dono da Formula One Administration (FOA), empresa que tem a exclusividade na gestão dos direitos da competição desde 1978. Anualmente, a companhia do homem forte da F1 fatura 630 milhões de euros (R$ 1,7 bilhão). “Estamos em uma nova era na F1. Somos embaixadores globais de várias causas e vamos para onde o mercado nos empurra. Isso não é só uma corrida, existe todo um contexto”, afirmou o executivo. Neste ano, grande parte do interesse pelo esporte foi despertado pela aposentadoria de Michael Schumacher. O alemão heptacampeão do mundo cedeu lugar a Fernando Alonso, vencedor das duas últimas temporadas, no que se refere ao apelo midiático da modalidade. O piloto nascido na região das Astúrias, na Espanha, vai embolsar 30 milhões de euros (R$ 84 milhões) em 2007. Seu maior rival na disputa pelo título, o finlandês Kimi Raikkonen, vai ganhar 18 milhões de euros (R$ 50,7 milhões). Ambos lideram a lista dos mais bem pagos da categoria neste ano. Mesmo longe das pistas, Schumacher continuará faturando alto com o esporte. Ao final da temporada, o ex-piloto terá ganho 30 milhões de euros (R$ 84 milhões) entre contratos publicitários e salário por seu trabalho como assistente técnico da Ferrari, estimado em 7,6 milhões de euros (R$ 21,2 milhões). De acordo com a publicação, uma escuderia de ponta recebe investimentos anuais de, em média, 305 milhões de euros (R$ 854 milhões). Cerca de 40% desse valor vem dos patrocinadores e o restante fica a cargo dos proprietários das equipes. A Marlboro é a empresa que mais investe no esporte. Seu contrato com a Ferrari prevê o aporte de 135 milhões de euros (R$ 378 milhões) anuais na escuderia. Já o acordo entre Vodafone e McLaren dá aos ingleses cerca de 60 milhões de euros (R$ 168 milhões) por ano. A lista é completada por ING-Renault (R$ 117 milhões), Petrobras-BMW (R$ 89 milhões), Shell-Ferrari (R$ 84 milhões), Mobil1-McLaren (R$ 84 milhões), AT&T-Williams (R$ 68,5 milhões) e Panasonica-Toyota (R$ 68 milhões).