A declaração do presidente Juvenal Juvêncio de que a Vivo poderia ser a operadora de telefonia celular do São Paulo pode ter tirado a marca do clube. A divulgação prévia, feita em um momento em que as conversas ainda não estavam tão adiantadas, acabou afetando a negociação, que está prestes a ser concretizada com uma outra companhia. O “anúncio” do mandatário do clube do Morumbi foi feito no dia 17 de outubro, em reunião na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) sobre a Copa do Mundo de 2014. Na ocasião, extasiado pelo discurso de Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de que o Morumbi seria a abertura da competição, Juvenal Juvêncio revelou à imprensa que, além da Vivo, a Visa estaria próxima de um acordo. A negociação com a bandeira de cartões de crédito por três setores premium e uma propriedade menor no projeto de patrocínio do São Paulo foi oficializada na última segunda-feira, quando o plano final foi apresentado. Já a Vivo acabou, neste período, distanciando-se do Morumbi. ?Nós temos esse contrato de telefonia fechado comercialmente, mas posso te garantir que não é com eles. [A divulgação na imprensa] tem a ver porque lá dentro existe uma disputa interna muito forte. Além disso, quando isso aparece sempre tem algum clube que liga se oferecendo pela mesma coisa, e isso também tumultua?, disse Adalberto Baptista, diretor de marketing do São Paulo. E a exclusão da Vivo não reduziu muito as opções do clube do Morumbi. Segundo o dirigente, todas as operadoras, inclusive a Nextel, teriam tentado um acordo. Além da telefonia celular, o São Paulo também está fechado comercialmente com a Volkswagen, uma empresa da indústria farmacêutica e uma quarta marca de um ramo não revelado. Em todos os casos, a assinatura do contrato só depende de acertos entre os departamentos jurídicos de ambas as partes.